Um convite para jantar
Após, muito, hesitar,
Vesti, um, vestido, preto...
Adoro, preto!
Depois, é claro, de ter, ido, ao cabeleireiro
Hoje, quero estar, particularmente,
Bonita e bem arranjada
É chegada a hora do nosso encontro!
O meu carro, aproxima-se do lugar
Onde, me, disseste, para ir, ter.
Cheguei, e, qual é o meu espanto
Um hotel!?
Tentei, ligar-te, para ver, se não, me tinha, enganado
Mas, fui interrompida, pela menina, da recepção
Perguntou-me, se eu, era a Sr.ª D.ª Maria de Lourdes
e como eu respondi, afirmativamente, ela,
mandou-me, segui-la,
Dizendo-me, que, na sala de espera,
o meu, namorado, aguardava-me
O meu namorado...Que lindo
Já não sabia, onde me meter,
tal era o meu nervosismo
Olhei o relógio...Estava na hora, marcada...20h
Caminhei em direcção à sala, mas toda eu, tremia
Entrei...
A um canto, da mesma, numa mesa, estavas, tu
Noutro, um pianista, tocava, uma linda, melodia
Olhas-te e viste-me
De imediato, ergues-te, para me vieres, buscar
Seguras-te, minha, mão, e beijaste-a
Olá...
Olá...
Nada mais, consegui, dizer, naquele, momento
Puxas-te a cadeira, para eu me sentar
e sentaste-te, frente a mim
Olhava, encantada, para todo o cenário
Tu, elegantemente, vestido
Ainda, bem, que vim, de preto, pensei
Sobre a mesa, simplesmente, o encanto
de uma rosa, cor de fogo
Deste um beijo, na mesma, e disseste
Querida, é para ti!
As lágrimas, afloraram, meus olhos
da emoção, que todo, este,
encantamento, me fazia sentir
Sorri e agradeci, dando, também,
um beijo na rosa
O beijo, que, queria, dar-te, mas não dei
O jantar foi magnifico...
A conversa empolgante...
O ambiente fascinante...
Estendeste-me a mão,
e, convidaste-me, para dançar
No meio da sala, rodopiávamos
lentamente, docemente,
envolvidos, num terno, abraço.
Nem sequer, demos, pelo, avançar das horas
tal era o encantamento, que nos envolvia
Confias em mim, perguntaste, baixinho, no meu ouvido
Sim, retorqui
Então, vem.
Pegaste-me, a mão, e, de mãos dadas,
dirigimo-nos ao elevador
Eu, olhava para ti, mas sem te interrogar
Várias pessoas, iam no mesmo, pelo que nada dissemos
Só não, largávamos, as mãos
Saímos...
Demos poucos passos, até pegares numa chave
e olhando, para mim, abriste aquela, porta
Entra, mas espera, um segundo, fecha a porta
e desapareces-te, por detrás, de uma, outra, porta.
Como, ali existia, um sofá, sentei-me
Julguei que caía, tal, era,
a tremura, das minhas, pernas
Segundos, depois, surgis-te
Estendeste-me, a mão, e eu, segui-te
Não!
Não posso acreditar,
no deslumbramento, que estou a ver
Tudo era Paixão...Fogo...
Uma cama, coberta de pétalas de rosa
e numa das almofadas, um lindo, ramo
de, rosas de St.ª Teresinha
O chão, ornamentado, de velas a arder
Um crapô, cheio de gelo,
contendo, uma, garrafa de champanhe
ao lado de duas taças
e uma jarra, cheia de rosas
Um, recipiente, de vidro, com morangos
Outro, com uvas
E ainda, outro, com chocolates
Fixei meus olhos em ti
enquanto, punhas a música a tocar
e mais uma vez, docemente, fomos dançar
Tremes? Tens frio? Perguntavas
Não! Aqui, está, calor, respondi
Gentilmente, tiraste-me o casaco
Meu vestido, esvoaçava,
apesar da música, serena, que dançávamos
Nada, dizíamos
De, rostos, colados, abraçados,
continuávamos, a ser inebriados
pelo fascínio, da música
A mesma, acabou....
Olhaste-me, tão, meigamente
colocaste, meu rosto, em tuas, mãos,
e, docemente
teus, lábios, procuraram, os meus
Um beijo, terno
Depois...
Depois, a perdição, dos sentidos
Nossas bocas, procuravam-se,
com sofreguidão
e a troca das palavras, que não demos
mas, que demos, através da nossa saliva,
do encruzilhar, louco, de nossas línguas
envolveu-nos, num mundo, sedutor
de uma, vontade...
Vontade de sentir
Vontade de dar
Vontade de amar
O desejo, apoderou-se, de nossos corpos
e a nossa alma, vibrou...
O acelerado bater, dos corações, adivinhava
o que se ia seguir
Suavemente, aproximaste-me, da cama
E...
O medo, surgiu, em mim
Não!
Não posso estragar, este, momento, mágico
Tentei esquecer...
Mas, o medo, persistia
e toda eu, tremia
Suavemente, tiraste-me o vestido
e sussurraste, em meu ouvido
Minha querida, não tenhas medo
Nossos olhos, quase, se chocavam,
de tão, próximo, estarem
Desabotoei, tua camisa...
E...
Já na cama...
Tuas mãos, percorriam, meu corpo
aconchegavas-te, em mim
Beijavas-me
Todo, tu, eras doçura
E com a mesma, doçura
eu te envolvia, em mim
Fiz, em toques de magia
de teu, corpo
o leito que me acolhe
o piano, em que, não, toco
Beijava-te os pés,
como se fosses, o meu, deus
minha língua, percorria-te,
em descoberta
Meus mamilos, erectos, vibravam
ao toque, meigo, da tua, boca
e nos teus, pelos, me, perdia
e ia, descendo e subindo,
ao som da melodia
Uma melodia, fascinante
Esfusiante...
Vibrante...
Trocávamos, afectos
Ternura...Mimo
Sedução...Loucura
Paixão..
E foi nesta loucura
que...
Penetraste o meu ser
Na voluptuosidade
E com volúpia, eu, respondia,
a toda esta, paixão
Aproximava-se, nossa plena, união
Entre, sussurros, ais,
pequenos, gemidos
Atingimos, o auge da excitação
Era um, fogo,
que nos ardia, dentro do peito
Todos os nossos, sentidos, se uniram
se misturaram, numa fragrância
feita...Incenso
Em simultâneo...
Numa dádiva...
Inesquecível
Uma sublime dádiva!
Agora, sim...
A lágrima, cai
Adoro-te!
Adoro-te!
AUTORA: LOURDES S.
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