8 de nov. de 2012

" AS ROSAS TAMBÉM CHORAM "

As lágrimas caiem no rosto de uma rosa Outrora formosa Na sua beleza e conduta Mas o destino é cruel E a vida f..d...p... E a rosa, hoje, deixa cair pétala a pétala Perdida entre a loucura e a sanidade De dores, que o seu corpo já não pode aguentar Já não se move Mas seus olhos continuam a chorar Tal e qual como os dos amigos Vêm-na padecer Sem nada puderem fazer Sua alma enegrecida De coração despedaçado Deixam caír, também Uma furtiva lágrima! E, eu... Do outro lado do rio Onde o mar se debate Em guardar mil segredos Deixo que chores no meu colo E, simplesmente... Meigamente, beijo as tuas lágrimas E, choro, contigo! AUTORA: LOURDES S.

" NÃO ME TRAIAS CORAÇÃO "

A nostalgia de Outono, a uns cria depressões, a outros ilusões E é na ilusão dos sentires Imaginados na fantasia Que se sonha Dizem que os poetas são loucos Mas que abençoada loucura Que se aquece junto à lareira Explodindo o coração No vibrar de uma alma E num deslizar de pena, jorrando vontades, sentimentos Gritos silenciosos É assim a ânsia de amar!!! De facto, junto à lareira, com o fogo a crepitar, torna-se indispensável a existência de um bom vinho a decantar... Mas com companhia porque senão será muito monótono e até poderá dar para embebedar para afagar as tristezas... Pois é mesmo disso que eu estou a precisar. Mas que mente poluída a tua... Em que estarás tu a pensar? Como o desejo pode trair uma amizade... Ah! Já me esquecia, então vamos brindar com o vinho já decantado e olhar serenamente o fogo que, lentamente, se vai apagando... mas antes que faça frio, aconcheguemo-nos...dizes-me Não sei se conseguiria estar num ambiente assim, com alguém como tu Tinha medo, sabes? Tinha medo que na minha mão estivessem todos aqueles sonhos Que a caneta transborda na folha de papel E que o meu coração grita Tinha medo de ver com olhos de ver... Uns olhos da cor do mar bravio Tinha medo de ter medo, conforme diz o meu vídeo Tinha medo Medo que abrisse as mãos e deixasse fugir este meu sonho E aí... Aí seria como este meu último vídeo UM LAMENTO DE AMOR E então a lágrima cairia Onde está a minha sonata? Pois... Nas mãos vazias Cheias de nada Quero sentir o meu coração a bater junto do teu peito, ao invés de mim que me afasto Quero ouvir o teu respirar, olharmo-nos olhos nos olhos Mas como não digo nada, pensas que o meu silêncio significa que não estarei pelos ajustes Da indiferênça Paciência, mais uma decepção, pensas e sentes, tu. Mas eu, eu estou atentamente a escutar-te E tu já não avanças mais para não te sentires frustrado Não te sintas frustrado...Acho que a isto já respondi TENHO MEDO. Mas tu és teimoso e insistes Tens medo de quê, de estares sozinha comigo, olhando-nos fixamente... De que cor são os teus olhos, pergunto eu É evidente que nada nos move a fazer amor, contudo, há momentos, que embora não façamos nada para que isso aconteça, existem outros valores que se levantam... a cor dos meus olhos são da cor do mar verdes como tu referes em poemas... Da cor do mar VÊS Os olhos das minhas sonatas Dos meus gritos silenciosos Poderia nas mesmas inventar uns olhos castanhos Mas não....Inventei num sonho Uns olhos da cor do mar bravio Condizem... Com a revolta, do meu grito Exactamente, é esse o termo que tu aplicas. Um mar bravio, mas não revoltoso. Poderia ser bravio, mas jamais se tornará revoltoso se as ondas se desfizerem em ilusões. Nada me moverá contra ti se nada quiseres, apenas limitar-me-ei a respeitar os teus ideais e não ficarei nada zangado contigo, apenas revoltado comigo próprio por não saber cativar-te, isto se algum dia acontecer... Porque agora estou a sonhar acordado Sonha meu coração...Sonha Sonha...É bom sonhar Quando o sonho faz despertar a alma e bater o coração E, quantas vezes nesses sonhos, dizemos para nós próprios Afinal, ainda estamos vivos Leva-me a dançar DANÇAR...DANÇAR...DANÇAR... E nos teus braços, deixa-me sonhar Deixa-me deslizar os dedos no teu peito, Suavemente Meigamente Ternamente Numa sonata Aí talvez....................... Eu sentisse Sim, com muito carinho Muito ternamente afagando-me o rosto Passando as tuas mãos no meu cabelo Acariciar-me e apertar-me devagarinho contra ti Começarmos a ouvir o respirar um do outro Como se fosse o chilrear de um passarinho Procurando, nas asas da liberdade, que as nossas bocas se unam Para num muito terno beijo abraçarmos a felicidade Vivida nesse momento E eu... eu tremendo num desafio oprimido.... Deixar-me-ía voar nos braços da ternura Ai como os meus cabelos sorririam de contentamento Ai como meu rosto enrubresceria no fogo que me arde Ai como o calor do teu respirar me chamaria Meus olhos atrever-se-íam a beijar-te Aí sim Seria a perdição dos sentidos Porque... Para que nossas bocas se unam, na ânsia da descoberta Do sentir, um pouco de amor Nossos olhos têm de se encontrar Num beijo de profundo amor Tal e qual uma sonata tocada em dó menor Numa súplica ao meu sentir Não! Não me traias coração! AUTORA: LOURDES S.

" É ASSIM "

É assim que eu me encandeio E me fascino No brilho dos teus olhos E cego meus desejos Nos poemas arrojados Nas letras transcritas Com tinta inexistente Na ângustia de um grito E é no cheiro a maresia No crepúsculo da tarde Onde o Sol se esconde Para ninguém lhe ver as lágrimas Que o sussurro surge Em forma de prefácio imaginado Mas não escrito Nas folhas da ambição Nas letras jorradas Num vale de lágrimas É assim um olhar Perdido no horizonte Quem sabe à minha procura! AUTORA: LOURDES S.

" AFINAL TUDO É AMOR "

Lamento Lamento que este mundo seja tão podre e cruel Lamento Que as pessoas pareçam ser feitas de papel Mas o papel também tem o seu valor Pois é nele que eu deixo deslizar a pena Jorrando sentimentos de amor Um pequeno gesto...É amor Um pequeno dito...É amor Uma amizade...É amor Mas, afinal tudo é amor Uma flor, uma planta, uma árvore O mar, o rio O escrever em desafio com a alma Um montanha...Um vale Uma rocha, mesmo que essa, seja um penedo de saudade Um sorriso Uma lágrima Uma vontade oprimida Uma sonata tocada Ou mesmo imaginada No sonho...Na fantasia Mas, afinal tudo é amor Uma mãe, uma, filha, Um irmão, um pai ou uma tia Uma ave...Pássaro voando e gritando à liberdade Um animal, bem pode ser o meu cão, Que mais parece o rei da selva, dada a sua mestria Mas, afinal tudo é amor Um ser, diferente daqueles seres que se intitulam, normais Ou mesmo até histórias banais publicadas em revistas e jornais Ai e aquele pedinte...A quem tu qualquer coisa ofereces Afinal...Afinal tudo é amor Mas, e aquele Outro amor Aquele que ama num amor sublime Tal e qual como nós somos Ai essse amor DIVINAL Quisera eu sentir por todos de uma forma igual Mas sou um ser imperfeito Mas dentro do peito Sinto este fogo que me arde Quero amar Porque amada já eu sou Por Aquele que me ama Com todas as imperfeições do meu ser Aquele que não me condena, mas PERDOA E, tudo...TUDO POR AMOR! Aquele que me amou, mesmo antes de eu me conhecer Pois DEU SUA VIDA POR MIM! Pelos meus pecados Afinal...Afinal... Toda a história tem um propósito O AMOR! E nisso temos o maior exemplo, o maior mestre NOSSO SENHOR JESUS CRISTO AMA A TODOS... COMO JESUS TE AMOU E TE AMA PARA TODO O SEMPRE! AUTORA: LOURDES S.

" QUEM DERA AMOR "

Quem dera, sentir nos meus pés, o frio da areia molhada E no meu rosto bater a água salgada Quem me dera escutar o sussurro de um grito Dizer-me ao ouvido, que eu lhe faço falta... Quem me dera ser envolvida num abraço E mesmo que o cansaço, teimasse em dominar-me Eu conseguisse agarrar-me a esta esperança Quem dera amor, quem dera Chamar-te assim Quem dera que tu fosses o meu vento Sem voz de lamento E por mim chorasses E por mim chamasses Como se eu fosse teu sopro de vida Quem dera amor, abraçar-me a ti E dançar contigo, esta melodia Mas eu tristemente Esqueci-me de amar Quem dera amor...Quem dera! AUTORA: LOURDES S.

" DEIXA-ME "

Deixa-me abraçar-te E sentir o calor de teu peito Deixa-me fazer um verso Quase perfeito Deixa-me escutar O bater de teu coração Vês? Faz frio lá fora Escuta minha canção Deixa-me ser o teu aconchego Nesta música de embalar Ampara-me no teu sossego E não te deixarei naufragar Deixa-me ser Uma folha caída Na melancolia do Outono Desta forma de vida Nas teclas deste piano Onde a melodia entoa E chama por mim Deixa-me ser assim!

" MATA-ME "

Mata-me com gumes de espadas Fios gélidos E lanças pontiagudas De uma traição permanente Mata meu peito cansado Deveras amargurado De uma inexistência sem fim Mata-me Com a cor púrpura de teus olhos Num olhar fascinante e incandescente Mata-ma assim Mata-me com teus afagos de mel No meu corpo de papel De uma tela pintada sem cores E sem amores Mata-me este corpo faminto Perdido no labirinto Desta ausência infernal Mata-me a boca De beijos loucos Numa saudade abismal Mata-me a mim, mesmo assim AUTORA: LOURDES S.

" AI...MEMÓRIAS "

Ai memórias que grito Num sufoco De um grito ensurdecedor Ai grito...Em gritos gritados No silêncio Ai memórias escondidas Ai lágrimas derramadas Nos tempos perdidos Ai histórias desencontradas Que me machucam os sentidos Ai páginas por escrever No livro chamado vida Ai memórias Porque não consigo esquecer-vos Ai dores Porque não deixais de doer? AUTORA: LOURDES S.