8 de nov. de 2012
" NÃO ME TRAIAS CORAÇÃO "
A nostalgia de Outono, a uns cria depressões, a outros ilusões
E é na ilusão dos sentires
Imaginados na fantasia
Que se sonha
Dizem que os poetas são loucos
Mas que abençoada loucura
Que se aquece junto à lareira
Explodindo o coração
No vibrar de uma alma
E num deslizar de pena, jorrando vontades, sentimentos
Gritos silenciosos
É assim a ânsia de amar!!!
De facto, junto à lareira, com o fogo a crepitar, torna-se indispensável a existência de um bom vinho a decantar...
Mas com companhia porque senão será muito monótono e até poderá dar para embebedar para afagar as tristezas...
Pois é mesmo disso que eu estou a precisar.
Mas que mente poluída a tua... Em que estarás tu a pensar? Como o desejo pode trair uma amizade... Ah! Já me esquecia, então vamos brindar com o vinho já decantado e olhar serenamente o fogo que, lentamente, se vai apagando... mas antes que faça frio, aconcheguemo-nos...dizes-me
Não sei se conseguiria estar num ambiente assim, com alguém como tu
Tinha medo, sabes?
Tinha medo que na minha mão estivessem todos aqueles sonhos
Que a caneta transborda na folha de papel
E que o meu coração grita
Tinha medo de ver com olhos de ver...
Uns olhos da cor do mar bravio
Tinha medo de ter medo, conforme diz o meu vídeo
Tinha medo
Medo que abrisse as mãos e deixasse fugir este meu sonho
E aí...
Aí seria como este meu último vídeo
UM LAMENTO DE AMOR
E então a lágrima cairia
Onde está a minha sonata?
Pois... Nas mãos vazias
Cheias de nada
Quero sentir o meu coração a bater junto do teu peito, ao invés de mim que me afasto
Quero ouvir o teu respirar, olharmo-nos olhos nos olhos
Mas como não digo nada, pensas que o meu silêncio significa que não estarei pelos ajustes
Da indiferênça
Paciência, mais uma decepção, pensas e sentes, tu.
Mas eu, eu estou atentamente a escutar-te
E tu já não avanças mais para não te sentires frustrado
Não te sintas frustrado...Acho que a isto já respondi TENHO MEDO.
Mas tu és teimoso e insistes
Tens medo de quê, de estares sozinha comigo, olhando-nos fixamente...
De que cor são os teus olhos, pergunto eu
É evidente que nada nos move a fazer amor, contudo, há momentos, que embora não façamos nada para que isso aconteça, existem outros valores que se levantam... a cor dos meus olhos são da cor do mar
verdes como tu referes em poemas... Da cor do mar
VÊS
Os olhos das minhas sonatas
Dos meus gritos silenciosos
Poderia nas mesmas inventar uns olhos castanhos
Mas não....Inventei num sonho
Uns olhos da cor do mar bravio
Condizem...
Com a revolta, do meu grito
Exactamente, é esse o termo que tu aplicas. Um mar bravio, mas não revoltoso.
Poderia ser bravio, mas jamais se tornará revoltoso se as ondas se desfizerem em ilusões.
Nada me moverá contra ti se nada quiseres, apenas limitar-me-ei a respeitar os teus ideais e não ficarei nada zangado contigo, apenas revoltado comigo próprio por não saber cativar-te, isto se algum dia acontecer... Porque agora estou a sonhar acordado
Sonha meu coração...Sonha
Sonha...É bom sonhar
Quando o sonho faz despertar a alma e bater o coração
E, quantas vezes nesses sonhos, dizemos para nós próprios
Afinal, ainda estamos vivos
Leva-me a dançar
DANÇAR...DANÇAR...DANÇAR...
E nos teus braços, deixa-me sonhar
Deixa-me deslizar os dedos no teu peito,
Suavemente
Meigamente
Ternamente
Numa sonata
Aí talvez.......................
Eu sentisse
Sim, com muito carinho
Muito ternamente afagando-me o rosto
Passando as tuas mãos no meu cabelo
Acariciar-me e apertar-me devagarinho contra ti
Começarmos a ouvir o respirar um do outro
Como se fosse o chilrear de um passarinho
Procurando, nas asas da liberdade, que as nossas bocas se unam
Para num muito terno beijo abraçarmos a felicidade
Vivida nesse momento
E eu... eu tremendo num desafio oprimido....
Deixar-me-ía voar nos braços da ternura
Ai como os meus cabelos sorririam de contentamento
Ai como meu rosto enrubresceria no fogo que me arde
Ai como o calor do teu respirar me chamaria
Meus olhos atrever-se-íam a beijar-te
Aí sim
Seria a perdição dos sentidos
Porque...
Para que nossas bocas se unam, na ânsia da descoberta
Do sentir, um pouco de amor
Nossos olhos têm de se encontrar
Num beijo de profundo amor
Tal e qual uma sonata tocada em dó menor
Numa súplica ao meu sentir
Não!
Não me traias coração!
AUTORA: LOURDES S.
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