13 de ago. de 2010

" AFINAL "

Não quero
Saborear, o doce, amargo
da despedida
Não quero ver, o lenço, branco
da partida
Não quero condenar
Uma sublime, história
Ao naufrágio, de uma, vida
Não quero!
Quero, sim...
Ver as roseiras, florir
e, eu, sorrir
Não quero, mais lágrimas
Não te quero, ver, partir
Mas, como, a vida é táo cruel
o melhor é, preparar-me, já
Pois, eu, sei, que por medo
de te perder, eu, já, te, perdi
Surgis-te, no acaso do destino
Fazendo, de mil, momentos
um oásis de sentimentos
Um paraíso de sedução
No limiar das sensações
Quiseste provar, o gosto
da minha, boca, e...
A emoção, embargou, minha, voz
Quero travar, o que sinto
Quero parar com este encandear
mas, prossigo, devagar
neste leito, que me embriaga, os sentidos
Observo-te
Já dormes!
Calmo, sereno
Devagarinho, deito-me
e como, estás, de costas, para mim
aproximo-me e encaixo-me, em ti.
Afasto os pés,
porque, eles, estão gelados,
e, não te quero, acordar
Coloquei, o braço em teu redor,
pondo a mão no teu peito
Outra, debaixo do meu rosto
e, preparava-me, para dormir.
Aconcheguei-me a ti
e o teu calor, invadiu-me
Dei-te um beijo, nas costas e,
apertei-te, contra, mim
Encostei a cara, nas mesmas, para
ainda, mais, sentir, tua, pele,
e isso, provocou-me, arrepios,
Já não tinha sono
Passei as unhas ao de leve
pelas tuas costas, abaixo
Senti-te, mover, mas,
continuas-te, a dormir
Armada, em pavão, pensei
Bem, posso fazer, o que quiser
que ele, não acorda.
Resolvi, tocar, piano...
Dó, ré, mi, fá...fá, fá
Dó, ré, dó, ré...Ré, ré
Dó, Sol, fá, mi...Mi, mi
Dó, ré, mi, fá...fá, fá, fá
Fazendo, da minha, língua
A clave de Sol,
enquanto, a deslizava,
nas tuas, costas
Suavemente...
Hummmmmmmm
Estava, a dormir, tão, bem
Olha, desculpa,
eu, não queria, acordar-te
Mas, afinal, acordei-te!!!

AUTORA: LOURDES S.

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