13 de ago. de 2010

" A UMA MULHER, FERIDA"

MULHER...AMIGA
Colocas-te aquele, ser
num pedestal
nesse que outrora
prometes-te, a ti, própria
jamais, colocar, alguém
Mas os dias avançavam
e sem te dares, conta
aquele ser, cada vez...
Te fascinava, mais
Plantas-te, as raízes
de uma, verdadeira, amizade
Ele...
Nunca te deu esperanças de algo, mais
mas, também, nunca, tas, tirou

No decorrer do tempo
dia após dia
mais, acreditavas, nesse homem
Confiavas nele, cegamente
Tinhas um amigo
Verdadeiro, leal
No calcorrear das intempéries da vida
corrias ao seu encontro
numa de desabafo
procurando nas suas palavras
no seu olhar
um pouco de alento
E...
Retribuías do mesmo modo
Doce encantamento

Aproximaste-te, demasiado
e envolveste-te
em sentimentos, mágicos
Para ti, aquele ser, era tudo
Mas...Um dia
Há sempre um dia...
Que nos rouba a fantasia
Num minuto
Teu coração foi dilacerado
Tudo, se desmoronou!
TUDO!
Sentiste na pele
os genes da maldade
Observaste
a veracidade da mentira
A lealdade?
Essa...Era forjada
no jogo...

Com subtilezas, te usaram
na perfeição, sublime, da escrita
O teu sonho ruiu
como um pesadelo
que assolou teu mundo
Tudo girou à tua volta
num turbilhão de emoções
Interrogações, interiores
Quiseste, desaparecer
nas lágrimas do palhaço
escondidas no sorriso...
Como tudo, pode ser, tão falso

Teu carro, voou
Tuas lágrimas, turvavam-te os olhos
Mal distinguias a estrada
Estavas em perigo!
Fugias de ti própria
da dor que sentias
Estavas sozinha
Mais uma vez...
A história, se repetia!
Eras tratada, como se fosses...NADA!

Ouvia-se, o motor do carro, soluçar
como soluçava, o teu coração
Fugias daquela mentira
Daquela magia...
De te teres envolvido
no sonho êxtasiante
de uma dádiva, sublime de amor
Para quê histórias
de encantar
se são sempre
histórias, de enganar?

Pena, é...
Que aconteça a quem não merece!

Por vezes...
Um beijo, fugidio...
Será que o mesmo
não era sinónimo, de esperança?
E as conversas...
Tanto faladas como escritas
na críptica, do erotismo e sedução
do sonho...Sonhado em vão
TEATRO?
Papeis incarnados e representados?

MULHER PALHAÇO
que não disfarça, o seu cansaço
nas rugas do seu próprio rosto
A dor que estás a sentir
ninguém a vê
Porque te ousaste
a permitir, sonhar, novamente?
Tu, que tinhas, fechado, a alma
encarcerado, o coração, num castelo
cercado de muros
Nada de pontes
Ninguém, imagina o teu tormento
cuja voz é o sofrimento
Porquê tanta mentira?
Ninguém é obrigado a gostar ou amar, ninguém!
Assim como...
Ninguém é de ninguém!
Bastava a verdade!
E o sonho...
Não seria inacabado
Porque nem sequer
tinha começado!

Mesmo, agora
só tens raiva de ti!?
Como és assim?
Não vez que te fizeram mal?
Que fizeram de ti...
Palhaço no circo da vida?
Como consegues, ainda, mimar,
em momentos, em que ele está, perdido
Não vez que nenhum, beijo, foi sentido?
Os ousados afectos,
foram teatro?
Já sei!
Não tens um corpo perfeito
nem de manequim
Já se denotam sinais de envelhecimento
Mas, possuis
o que muito, ser, ignóbil, queria
mas, não tem
Possuis, um tesouro
E esse, ninguém, te tirará...
O TEU INTERIOR!
A LEALDADE...A VERDADE
Esta, acima de todas as coisas
Mesmo com a alma a sangrar
Não deixas de amar

Como te conheço, bem
sei...
Que te vais refugiar, no silêncio
Digerindo a mágoa
Vais explodir, prantos de dor
Permite-me um conselho
Não Afundes
Ninguém merece tuas lágrimas
És uma grande mulher
Honras bem,
o nome que usas
Ai...
Que me desculpem os envolvidos
Ave ferida, mas com Honra
Tristemente...
Agora, está na moda
" O CORPO, COMANDA A VIDA"
Esta, sim...
Uma enorme, capa, de HIPÓCRISIA!

Rebuscar o passado?
Idolatrar uma vida...
Um "SER"
Que imaginas-te, em sonhos,
Ter, tudo...
Ser, tudo...
O que afinal, não era

Alimento da ilusão
Sofrimento do coração

Tudo termina, com uma, lágrima!

AUTORA: LOURDES S.

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