13 de ago. de 2010

" UM CAMPO DE BATATAS "

Batatas semeadas...
Sensações, extasiadas
de uma imaginação...
Debaixo de uma laranjeira
ou de um simples limoeiro...
Na terra onde gracejo
e o amor, que antevejo
nunca mais...
Ter para mim
TERRRA!
Esta terra, que me deu, o ser
Nasci...
Cresci...
Vivi...
Estou cansado
mas este cansaço,
não me impede
de me lembrar
De recordar...
Olho para esta casa,
Hoje, mais parece...
Uma casa, assombrada
Oh mas como relembro,
com saudade
Minha avó, dentro dela
E os afagos...
Poucos, bem certo
mas, inesquecíveis
Oh que saudades eu tenho
desses tempos de menino
Oh como o vento...
Se cruzou no meu caminho
e eu relembro, até
a fome...
Sim, passei fome
Até de um iogurte,
que nesta casa, não havia
e quando, o roubava, da mercearia...
Até sorria, pois...
Um iogurte, comia
Oh que saudade
dos campos, em alegria
apesar da tristeza, que sentia
Da fome que persistia
Saudade, só minha...
Mas, que me dá alento
Mas, mais uma vez, aqui estou
Neste campo de saudade
plantando umas batatas
para que o mesmo floresça
e no meu coração,
nunca, esmoreça
Estou tão cansado,
Preciso de uma massagem...
E de um ombro, amigo...
A lágrima cai...
Desta, saudade, infinita
mas, que, eternamente...
Será, uma saudade, bendita!

AUTORA: LOURDES S.

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