
A noite desceu à cidade
E, o meu, olhar, deparou-se
Com, semelhante, beleza
As ondas, debatiam-se
Contra as rochas
Apagando, algumas, chamas
Outras, sobreviveram
Parecendo, querer
Incendiar, o meu, coração
E, a minha, memória.
Branca e leve
Leve e fria,
A espuma...
Beijava a areia
Como, um, lamento
Sofrimento?
Pensamento?
A música, entoava
Ora agreste ora suavemente
Mas, porquê, esta, música?
Cruel...Destino
Escutava todos os sons
Que me rodeavam...
Querendo, guardá-los,
Não, só, com os olhos,
Mas, com o coração
Como um tormento!?
Como Paz
Como Alento
Serenamente...
Levava o copo à boca
E...
Continuava a olhar
A imensidão do mar
Enfrentei-o!
Tão perto...
Que o mesmo, parecia
Gritar dentro de mim
Meditava no silêncio
O silêncio...
Um grito, de coração
Uma, lágrima, caída
Na rocha da solidão
E, o mar, feroz
Continuava a debater-se
O vento a sentir-se
O frio, gelava, meu, rosto
Mas, eu, não arredava, pé
Inebriada, com...
O espelhar da Lua
Sobre as águas
De quando em vez...
De vez em quando
As nuvens, cobriam-na
Mas, ela, teimosamente
Voltava a espreitar
Parecia, sorrir, para mim
Com ar de escárnio...Veio
Atormentar, minha, noite
Na minha, solidão
Procurei, estar, só
Comigo, mesma
Mas, a Lua, teimava
Em, fazer-me, companhia
E, a noite...Na noite...
As lágrimas, caíram, copiosamente!
AUTORA: LOURDES S.
26 Abril 2010
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