Imaginação, a minha
Fértil, por vezes
Hoje, resolvo, escrever
sobre, um, homem...
Que vive, sozinho
Vejo-te, de avental, colocado
por cima, dos joelhos
É pequeno
pois foi feito para (mulheres)
Lembram-se?
E as mulheres, por norma
são mais baixas...
AHAHAH
Tens fome...
Está na hora, da janta
E agora, como fazer?
Olhas, para aquela, panela
tão grande...
Isto, dá para um, regimento
pensas-te
Não!
Hoje, não vou jantar, fora
Não sabes, como
nem o que fazer...
Cheio de coragem...
Bem, vou começar pela sopa
Com este frio, bem, que me, sabia, bem
Enches a panela, de água
e pões, ao lume
Agora...
Fazia falta, uma mulher
Ao menos, ela...
Sabia, cozinhar!?
Cuidado!
Há muitas, mulheres, que não, sabem, cozinhar
Por outro lado,
Há homens, que cozinham, bem, melhor
do que, muitas, mulheres
Bem, deixemo-nos destes à partes....
Enquanto, juntas, legumes
na água, da panela
pareces, escutar,
uma voz, feminina
"Afinal, porque só chegas-te, agora?
Mais um serão?..."
Entre gritos e ais
Discussões, banais
fúteis...E sem, entendimento
Muitas vezes, sem fundamento
Agressões...
Verbais ou mesmo físicas...
Vais mexendo, mexendo
Os ingredientes, da panela
Como se fosse
A vivência, de uma vida
Outrora, construída
Que a própria, vida
destrui
Afinal...
Saiu, uma sopa de letras
Mas, não faz mal
Vais, come-la, em paz!
Enquanto, a absorves, meditas
Faço a refeição, sozinho?
Pelo menos, não tenho ais nem gritos...
Nem, discussões...
Nem ralhos, sem razão...
Sou livre!
Mas, nesta liberdade
Será que, de, uma, mulher
Não sentes, falta?
Será, que uma, sopa de letras...
Não poderia ser, partilhada
na solidão, de uma, noite?
Em silêncio...
Sentindo, somente, a sua presença
Como se a mesma...
Fosse, a água, borbulhante
De uma sopa, quente
com sabor, escaldante
De, não ter...
Um, amor, ausente!
AUTORA: LOURDES S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário