Apanhem-me, essa, lágrima, por favor
Não!
Não a deixem, fugir, de meus olhos
Guardem-na, na GRUTA, dos meus sentidos
Naquela, onde, para sempre, te fecharei
Acabaram-se, as lágrimas!
Não quero mais,
A surdina de tantos gritos
Chega!
Vou revirar a página da saudade
Vou iniciar um novo livro
Num prefácio, semi escrito
Sem assinatura...
Deste, romance, maldito
Que...
Por, bendito, foi escrito
Num, deslizar de pena, sublime
Sobre, um rosário de penas
Que fui desfiando,
Chorando, a sonhar.
Basta!
Nesta, essência, do meu ser,
Dou, por, finalizado, o meu, sofrer.
VOU RENASCER
Das cinzas de um viver,
Mas, de cabeça, erguida
E, orgulhando-me
De ser escrava, com muita, HONRA
Nesta, gruta, em que, até o nome, guardo
Vou, aconchegar, docemente
Todas as roseiras da vida
E que, através, da porta, fechada...
Só se vejam, as rosas
Inalando, um odor afrodisíaco.
Uma gruta, cercada de muros e não de pontes
Onde, nela, construirei, um, túmulo
Com todas as pedras,
Que encontrei, no meu caminho
E, para sempre, te fecharei,
Na "gruta" dos meus sentidos!
AUTORA: LOURDES S.
31 Março 2010
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