13 de ago. de 2010

" FÁBULA..."

Fábula da vida
na floresta, disfarçada, de...
Encantada
A hiena, passeava
O sol raiava,
por, entre, aquelas
gigantescas, árvores
Os macacos, de galho em galho
pareciam dançar
ao som da música, do papagaio
Uma ópereta, cantarolada
oh que bem, entoada
Sons de uma floresta
contrastavam, com o gemido
do rio
e a espuma da água,
esbatia-se em queda...
Mais parecendo
um cacho de uvas
apetitosas, para um, manjar
A hiena, com seus, quadris, rebolantes
avançava no terreno
em passos, inconstantes
pois, ora parava, ora andava
Ao passar, escutou
o lobo, a dizer
-Ai que linda, presa
que vontade de a comer
Imaginação, de uma, tentação
Do alto de um galho
um gorila, ria, sonoramente
AHAHAH,
o lobo está louco
não façam pouco
Os passarinhos, respondiam
em tom de melodia
LALALA
Tá, louco, tá
Cadê o leão, perguntavam
ainda, não o vimos, hoje
A hiena, com semblante
triste, mas, deslumbrante
deitava-se, ao pé da água
onde, o sol, conseguia, penetrar
espelhando, na mesma, o seu olhar
De repente, os galhos, esvoaçavam
Passarinhos, chilreavam
macacos, gritavam
Olha o leão, fujam
- Não sei porquê, estes idiotas
fogem de mim...Não lhes faço, mal
pensava o leão
Grunhidos de toda a parte
Floresta em reboliço
A hiena...
Nem sequer se mexia
tal era o seu, feitiço
mais parecia
que do leão, estava à espera
Escutou-se, um uivo...
Era o lobo, a chorar...
Ele, pressentia,
que a sua amada
dele, se despedia
Ele uivava, uivava
mas, ela, não respondia
Deliciava-se, com o sol
que aquecia seu peito
GRUNHAAAAAAAAAAAAA
Era o leão...
Nem sequer se mexeu
Não tinha medo
Os amigos, bem, gritavam
Foge, foge
O lobo, continuava, a uivar,
em sinal de perigo
Leão e hiena?
Dois eternos, inimigos
Mas, ela, não se mexia
penso...
Que o seu fim, previa
Sentiu, em sua orelha
uma coisa, molhada
a língua, do leão
que a beijava
Virou-se de lado
o leão a seu lado, deitado
O seu olhar, fixo, nela
fizeram-na, estontear
e do leão, se aproximar
O som do seu grunhido
baixou de tom
passou a sussurro
um chamamento...
Ela, encostou a cabeça
ao peito, daquele animal, imponente
Fez-se, silêncio, na floresta
E o leão, deixou...
Permitiu, que ela, o abraçasse
Que se deliciasse, enroscasse
no seu, pelo
e ousadamente, a hiena
tocou-lhe, ao de leve
com sua, língua
procurando, o sabor, da, dele
e perante, os olhares, estupefactos
a hiena e o leão
beijaram-se, com grande, paixão
Um beijo, faminto
de um desejo, escondido
nas emoções, sentidas
nas sensações, contidas
que, aquele, beijo, causou
mas, para sempre...
A memória, guardou!

AUTORA: LOURDES S.

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