13 de ago. de 2010

" ENSAIO...CRÓNICA...POESIA! POUCO, IMPORTA"

Qualquer dia, não se ouvem, vozes...
Já quase, ninguém, fala...Tekla
E as cordas, vocais?
Vão, secar?
Que é feito do diálogo?
Das conversas, amenas ou mesmo tortuosas, intempestivas?
Qualquer dia, ninguém sabe, escrever uma frase
É tudo, abreviado...Kido, bj, tek...Etc
E o riso?
Oh...Esse, é...Lol, srsrsr, hehehe
Enfim,
Já quase ninguém, diz: "AMO-TE"
Escreve e pimba...Lá vai
Ora por msn, mail, chat
É mais fácil...
Talvez, uma, forma
De, não ler, num, olhar
A falsidade, da palavra, dita
Mas, não, sentida
Que é feito, da conquista?
Da arte, de seduzir?
Que é feito...
Da verdade, de um sentir...
Não proclamado, porque até parece, mal
Dizer... Estou, com, tesão
Sou, mulher
Como ser humano, tenho, desejos
Carências... Porque, não, admiti-lo?
Que é feito...
Das, cartas, que tantas vezes, se enviaram?
Não são precisas!
Pobre, das folhas, brancas...Dos envelopes...Dos selos...
Basta, um clic e dizemos, tudo, o que queremos,
Até, para o outro lado, do mundo
Fotografias?
Não são precisas...Ligamos, a CAM
Como, tudo, está a ficar supérfluo
Que é feito do convívio?
Ah!
Esse, faz-se nas discotecas,
Onde a música estridente, quase rebenta os tímpanos
Queres falar? Grita, antes...Se quiseres, que alguém te ouça
Porque, escutar, é impossível
Que é feito, dos jantares em família...
Das conversas, sobre o dia, o trabalho?
Essas, estão, guardadas, no ecrã da televisão...
Ou na ausência, dos pais ou mesmo dos filhos
Que é feito do sorriso?
Vai-se na rua...
Caras, sisudas...Cabisbaixas...
Vem-se, para a Net....
É só mentiras (verdades)
Perversidades, ousadias, impróprias e descabidas
Mas, normais, do ser, humano
Daquele ser humano, que se diz, perfeito
Na, sua, imperfeição...
Tentativas (como se diz, na gíria), de engate
OHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Mas, quando surge
Um raio de luz,
Toda a nossa alma, reluz
E então, tentamos, fazer, um arco-íris
Que é feito, dos bons costumes?
Da dignidade?
Dos valores, morais?
Estás cota...Actualiza-te
Escuto, muitas vezes, estas, frases
Isto, é que é modernismo?
Deixai-me, ser cota, antiquada!!!
Capas de Hipocrisia...Disfarçadas
Por subtilezas...
Ora meiga, ora insolente....
Ou mesmo, desprezível
Que saudades, eu tenho, de conversar
Uma, conversa, com fundamento
Amigável, amena, construída...
Num, entendimento, perfeito
Que saudades eu tenho,
De, um, jantar à luz de velas
Descansado, sem correrias, para o trabalho
Ou mesmo para ir dormir
Porque, amanhã é obrigatório, levantar cedo
Um, jantar, mesmo, sem velas
Mas, onde, a luz, irradiasse, no nosso, coração
Cartas?...De, amor?
Só contas...Luz, água e outras
O guito?
Esse, anda metido num labirinto
Ninguém o vê
O emprego?
Luta-se pelo desemprego
Então, porque existem, firmas, de trabalhos, temporários?
Emprega-se, uma pessoa, por meia dúzia de semanas ou mesmo, dias
Despede-se...Chama-se, outra e meses depois...
Volta-se a chamar a primeira
Ninguém vê, que estas pessoas, nunca têm direito, ao Fundo de Desemprego?
E, o que, é, mais, irónico é que são obrigadas, a apresentar-se,
Quinzenalmente, na Junta de Freguesia
Deixem-me rir, com estas exigências
Apetece-me, dar, gargalhadas...
Os que não têm direito a nada, são obrigados a apresentar-se!
E os que recebem, subsídios e rendimentos mínimos?
Aqueles, que, até, têm, emprego?
E, os que vão, ao Banco Alimentar...
Buscar, cabazes de ajuda...
E escondem, o "JIPE", onde são, transportados...
Para que, ninguém, os veja?
É preciso alterar os costumes dos portugueses
Querem, antes, dizer
É preciso, acabar com a liberdade
Temos que ser cordeiros
Obedecer a, pais, que não são os meus, nem, eu, os quero
Sou, obrigada a fumar, na rua...
Sujeitando-me, a olhares de escárnio, como se eu, tivesse, lepra
E até esses (doentes), merecem todo o respeito
Por outro, lado...
Dão condições, dignas, para que, livremente...Nos possamos, drogar
AHAHAH!
A minha, gargalhada, de desprezo
E a solidariedade?
Essa, está, pelas, ruas da amargura
É só no Natal!
O que é preciso, é pensar, gastar, milhões no TGV...
É importante, para o país
Porque, não, com esse dinheiro, construir...
Nem que fosse, habitações, sociais?
Pouco ou nada, percebo de política
Sou, uma, simples, cidadã
Que não se quer, silenciar
Fala-se, da avaliação, dos funcionários, públicos
Santa ignorância!!!
Outra capa...De hipocrisia
Ninguém, vê as injustiças...
Mesmo, corrupção, que pode, advir, dai?
Valha-nos, Deus, se não, caíres na graça, de um(a) chefe
Fala-se, em casamentos, homossexuais
Isso é que é importante!
Esqueceram-se, da Eutanásia?
Assunto, tão controverso, e, de urgente, discussão
Tanto, se falou e conjecturou, sobre, Aborto
Quanta, coisa, má...
Está, por traz, disso
Será o aborto, um novo, método, contraceptivo?
Por outro lado, quantos, escondem
A vergonha, de uma, violação?
As suas mãos, cobrem o rosto...
Não deixando, ninguém, ver, as lágrimas
Abraços de Hipocrisia!!!
Sentidos, no acto de arquivar, um processo, de maus, tratos
Violação física, psicológica, já para, não voltar, a falar
Do esconder o rosto, na vergonha
Faz-se exames...Sujeitam as mulheres a provas de crime
Aqui, o crime e a vitimologia, estão, de mãos dadas
E os criminosos?
Impunes....Não há provas suficientes
Ou então...
Vêm para casa...Termo e residência...Pulseira electrónica...
E ainda, passam pelas vítimas, sorrindo
OH......MAIS...
Capas de Hipocrisia!!!!!!!!!!
Deixemo-las, cair, de uma vez, por todas
E com esta, capa, sobre os ombros...
A capa..
Da não, INDIFERÊNÇA, me, vou
Já fui!

AUTORA: LOURDES S.

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