14 de ago. de 2010

" DOCE TERNURA "

Hoje, estás, longe...
Distante...
Tão distante, como o sonho, em que medito
A conversa, continua, no silêncio do monólogo
Hoje, sinto-me, carente
Quero mimo
Até gosto de amar e ser amada
Pena é, que, tantas, vezes, seja, tudo, falsidade.
Sentes a minha falta?
Quem sabe!
Mas, a falta, supera-se, com o sonho, do imaginar
No sonho que embarga, o meu ser, e, me faz, correr para ti
Sentir tuas carícias, como a água do mar, bate, suave, na praia
Cantando melodias de amor e carinho
Caminho nas pedras da calçada
As mesmas, gritam, uivos de amor
Debatem-se, as ondas, ferozmente
Nas rochas, da minha, solidão
Mesmo, assim...
A lua, inebria o meu coração
E, eu, deixo-me êxtasiar, no seu olhar
Tropeço e caio
Sento-me, na areia da praia
Feri o joelho
Mas, tu, que passeavas, pela, praia
Viste-me, sentada, na areia, a chorar
E, dirigiste-te, a mim, dizendo
Posso, ajudar?
Mas, eu, continuava a soluçar
Senti, tua, mão, no meu joelho
E assim...
Com ternura, nos enrolamos, num beijo, doce...
Com perfume de rosas
Que delicia, disse
E, tu, olhando, meu olhar, meigo
Beijavas-me, os olhos
Num beijo, doce de mel
E, eu, transpirava de alegria
Pela carícia, recebida
Mas, a história, acabou, triste
Morreu um actor
Então, a actriz, com clemência
Chorou lágrimas
E, com seu querer,
Deu vida aos mortos.
Ergues-te, e, com suavidade, pegas em mim ao colo
Mas, não aguentas, o meu peso, e, caímos, os dois, sobre a areia
Agora, já eram dois joelhos, feridos, em vez de um só
Já não chorava, sozinha!
No amor, não se representa
Mas...
Está-se de viva alma.
Não deveria ser, argumento de peça de teatro
Nem, encenações de filmes... Guiões
Hoje, apeteceu-me, ser
Ternurenta, suave, meiga
AUTORA: LOURDES S.

18 Maio 2010

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