13 de ago. de 2010

" DOCE SEDUÇÃO "

A Lua tem sede...
De se embriagar,
nos raios do Sol
Haverá, expressão, mais bela,
do que, um, olhar, transmitir
que, todos, os sentidos, estão em sintonia
numa, perfeita...
Erupção, do seu, próprio, vulcão?
Poderá (Há de certeza, falsos, orgasmos)
Respirações ofegantes, inventadas...mirabolantes
Gemidos, teatrais...
Representados na perfeição
própria dos actores
Mas, os olhos, não mentem
Eles, não são, só
O espelho da alma
São faíscas, de um, fogo ardente
e resplandecente, de uma...Luminosidade,
quase, me, atreveria, a dizer, celestial
sem querer, ferir, susceptibilidades
Eles, sim...
Quando, penetram, profundamente
outro olhar, assim,
explodem lava, por todos os lados
Fecham-se
Pestanejam
e a maioria das pessoas
não ousa, sequer, abri-los
para no incandescer, do momento
extasiar-se, com o deslumbrante
quadro, que o, ser...
Sem ser, pintor
Pincelou, no olhar, de um, orgasmo
Viagem a Plutão...
Quero, antes, ir a Vénus
Meu, planeta de eleição
Aquele, que irradia, em mim
Uma, grande, vontade,
de, me, masturbar.
Sinto, a minha, face, enrubescer
mas, apesar do pudor,
ouso, escrever, o que sinto
Quem disse, que um poeta
que aborda, temas, mais ou menos
ousados e controversos,
não tem pudor?
Tem, concerteza, mas também, possui
o discernimento e a dignidade de
expor o que sente
Bem, voltemos à viagem
ao Planeta Vénus
Ouço um grito
Vénus, Vénus, onde vais, tu?
Chamam por mim?
Ainda se lembram, que eu,
também sou Vénus, a Deusa do Amor?
Volto a escutar...
Mas, é o Sol que me chama
Tu, aqui, ao fim, de tanto tempo
em que eu, como, Lua
Busquei o teu, afecto,
desesperadamente
e te vi, sempre, fugindo?
Vai, continua, a tua, translação
Agora, que encontrei, um fogo, ardente
é que te lembras, que eu, existo?
Sento-me, tristemente, numa, nuvem
e minhas, lágrimas, caiem, sobre a Terra
Vejo, pessoas a correr, enquanto, dizem
Oh vizinha, apanha a roupa, está a chover
Ninguém repara em mim
Não vêem que é a Lua a chorar?
Que linda conjunção de cores
feito, arco íris
O Sol, em silêncio, aproxima-se
e sorrindo, deita-se, a meu, lado.
Vénus, juntou-se a mim,
rodeando-me de fogo,
para, receber, o Sol
Estou, faminta de amor
Carinhosamente,
o Sol afaga meu corpo
num turbilhão de sensações
Um dos seus raios, toca, minha vagina
afastando-me, lentamente e
docemente, as pernas
para me incandescer, com sua brasa
num rodopio, frenético...
Outro raio, abarca meus seios
cumprimentando os mamilos
que espreitam à janela
para se lambuzarem, com sua passagem
Nada posso retribuir
O Sol não deixa
Hoje, só vou sentir
porque, o Sol
ilumina-se, pujantemente
só, de me, ver, sentir
todo o prazer, que ele me dá.
Sua, luminosidade, fere-me os olhos
Fecho-os, num, acto natural, de defesa
Não feches os olhos, diz-me o meu, Sol
Quero ver teu olhar cintilante
enquanto, te faço, vibrar, com um raio, especial
Eu quero, ter, o dom de te, masturbar...
Respondi, com um sorriso, triste
Eu, nestes meses todos, que estive à tua espera
experimentei a sensação de me acariciar...
Aprendi, que o clítoris, pode, fluir
Que, cada, partícula do meu triângulo,
tem sensações, indescritíveis
e nestes pensamentos....
o Sol, passeava, em mim, docemente
ora com um raio ora com outro
nesta gruta, perfeita, para o receber
em harmonia e união
Diz-me, Lua, minha, estás a gostar?
Sim, meu, Sol, estou a deliciar-me
com este rodopiar, alternado dos teus, raios
Avisa-me, Lua, quando estiveres,
quase, a chegar, ao orgasmo
para, eu, nesse, preciso momento,
te penetrar... Ao mesmo tempo, beijar
sofregamente, tua boca
presenteando-te, com minha, língua
envolvida, dos genes, da minha, saliva
Escondo-te, em mim,
num perfeito, clímax
Ai Sol, meu querido, Sol
Abraça-me
Beija-me
Entra em mim, vou explodir
Olha para mim, querida, Lua
Olha para mim, adorado, Sol
Neste, preciso, momento
Dá-se, o eclipse!!!
Tanta, gente, olhando o Universo
observando, com óculos, especiais
este, acontecimento
Mas...
O que ninguém, conseguiu, ver
Foi o fenómeno, que daí, adviu
Lava e sémen...
Vénus e Vénus...
A Lua e o Sol...
Numa, estridente
explosão de amor...
Dois, olhares, profundos
Duas, estrelas...
Uma, verdade!

AUTORA: LOURDES S.

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