10 de ago. de 2010

" ALUCINANTE ENCONTRO"

O frio desce à cidade!
Meu telefone, retine, no meu, quarto
Sim.....
Olá, Lourdes, como estás?
Melhor, obrigada, e tu?
Eu, também.
Olha, estou a telefonar-te...
Porque, quero, convidar-te
para jantares comigo
Quero, conhecer-te....
Para mim, és,
uma pessoa, especial

Ri...Ri...
Mas, aceitei o convite.

Indicaste-me, o local,
onde, haveria de ir ter.

Chegou a hora...E, lá fui, eu
Depois, de diversas, tentativas
para o meu, velhinho, carro, pegar
lá consegui, pô-lo a trabalhar
Ainda, bem, amigo
Estava a ver que, hoje,
me, ias, deixar, ficar, mal.

Percorridos alguns kilómetros....
Cheguei
A neve, caía, ao de leve
mas, cobrindo, tudo, de branco
Está tanto frio
Uma, casa...
No meio da montanha...
Linda de se ver
As luzes, quase,
não se distinguiam,
por entre, os flocos, de neve

Deve, ter lareira, pensei
mas, não se avista, a lenha, a crepitar

Cá fora, um carro, estacionado

Chegou primeiro....
Ainda, bem
Julguei que a casa estava vazia
e apesar de ser um lugar, lindíssimo
mete um pouco de medo...
De repente, vejo-te, sair de casa
escondo-me...
Não reparas no meu carro
Estás vestido de preto
Engraçado...
Eu, também, venho, de vestido, preto
Até parece, que combinamos.
Da mala do carro, tiras...
Uma caixa de...
Parece-me, vinho

Já sinto, os dedos enregelados...
Espreito por aquele janela,
coberta de neve
Vejo-te...
Agachado,
tentando, acender, o lume
Preparas a fogueira
nas calmas
Ao lado, da mesma
a decantar...
Uma, garrafa, de vinho,
tinto, reserva
Sinto seu cheiro inebriar-me
Porque, estou com medo?
Não aguento mais, o frio
Faz tanto frio na terra
Toco ao de leve naquela vidraça
Olhas, acenas-me e levantas-te
Abres a porta
Fitas-me, de alto a baixo
Olá
Eu sou a Lourdes
Imaginei
Eu sou.....
Retorquiste.
Como, que temerosa
fico à porta
Estendes-me, a mão...
Lourdes, entra, está frio
Vem, que eu, acendo, a lareira

A tua, voz, não parece, segura!

Entro
Tiras-me o casaco
Acendes a lareira
enquanto eu olho
estupefacta para tudo
Uma mesa posta com requinte
de um lado...
Uma, rosa cor de fogo
Lanças-me, um olhar,
de curiosidade!?
Enquanto, me dizes
O teu perfume, suave
acelera os meus, batimentos, cardiacos
O calor...
Agora, invade a sala
Um, calor, mágico

Ofereces-me, um, pouco, de vinho
num, copo de balão, de pé, alto
(sabe tão bem, beber, vinho tinto
por este, copo)
E começamos a conversar

Escuta-se uma melodia
O vinho, na temperatura ideal
a cavaqueira gostosa
Um brinde...
À nossa!
Convidas-me, para dançar
e, eu vou
mas, quando, me, envolves, nos braços
toda eu tremo
Não é de frio
pois a sala
está muito confortável
Tudo está perfeito.
Apetece estar
Abraçados
Envolvidos em carinho
Sensual...
A tua, voz no meu ouvido
Dizes, tu
Paramos
Olhamo-nos
sem dizer nada
São os olhos que falam
Cuidado
Só, vim, para te, conhecer
Mas...
O momento
é perigoso
porque o calor, envolvente
leva à descoberta
O vinho é bom
Lá fora está frio
mas, eu, não, sinto

Envolves-me, nos teus, braços
Deixei de tremer
Continuamos a dançar
Rimos
Conversamos

A música, envolve-nos, demasiado...
Apertas-me, mais, nos teus, braços...
Não consigo, fugir
Docemente, dás-me, um, beijo
Sinto, tua, boca, ardente
em mim....
Não...
Não digas, nada, dizes, tu

De, um, salto, ergo-me
Oh...
Estava, a dormir
E o jantar?
Que pena...
Tudo, não passou...
De um, sonho

AUTORA: LOURDES S.

Um comentário:

Manuel Maria Gomes de Carvalho disse...

Não se trata de um poema mas sim um texto ficção, em prosa, muito bem construído e de grande imaginação.
Como disse um dia o poeta "Gedeão" o sonho comanda a vida.
MMC