15 de set. de 2010

" PRESA NAS TEIAS DO PASSADO "



Paz... Tranquilidade... Contudo, Demência
De, uma loucura, sentida
E, não, gritada!
Sanidade?
Loucura?
Desejo obstruido
E no mais profundo, escondido
Quisera libertar-me, das teias
Que me suportavam por um fio
Mas, as teias, mais em mim se envolviam
Não me querendo deixar fugir
E, eu me libertar
E, por fim sorrir
E, então um dia...
Quem sabe se por magia
De fera ferida
Passei a fera exaltada
Faminta, de sentir
De desejos, explodir
Quisera agarrar Marte,
Neste meu novo sentir
E, aquele vulcão, adormecido
Agora, despertado, pelo teu olhar
E, pela minha vontade de amar
Explodiu, levando-me a Plutão
Lava e sémen, numa mistura
Desencadeada pelos sentidos
Há tanto tempo...Demasiado tempo
Oprimidos

Gritei, sim
Gritei de prazer, neste orgasmo
Nunca antes sentido
Bebi de teu corpo
Saciando minha sede
Como se de uma fonte se tratasse
E, eu bebesse, sôfregamente
Suspirei...Gemi
E, no meu gemido, gritei finalmente
O sentir, nunca dantes permitido
Nem ousado
Nem sequer imaginado
Porque a tal moral
Não admitia, tão pouco, sonhar.
Mas, hoje...
Hoje, libertei-me das amarras
Das correntes
Das teias de um passado

Quero viver
Quero ser livre
Quero poder gritar
Que tenho vontade de ti
Sem preconceitos ou pudores
Se tenho tesão
Eu quero poder dizer, sem vergonhas, que o tenho
SIM!
Quero ser mulher
E, se uma lágrima, deslizar
Desta vez, é de felicidade!
Tanto sonhei
Que vivi, esta, realidade!
Realidade ou fantasia?
Pouco importa
O certo é que senti
SOU MULHER!




AUTORA: LOURDES S.

2 comentários:

Maresia disse...

Demência é não sentir, mas feliz de quem não sente.

Bjs!

LOURDES SALVADOR disse...

Feliz de quem não sente?
Diría mais...DESGRAÇADO/A
Contudo
OBRIGADO!