9 de set. de 2010

" O ROSTO "




Diz-me
Porque te escondes no silêncio
E, te refugias na tela
Diz-me, tu
Porque te escondes atrás de uma camara
E, não escutas a voz de quem te ama
Sim
Porque a um amigo, também, se pode amar
Mas, diz-me
Diz-me tu, já que eu não consigo discernir
A loucura da sanidade
Qual o teu rosto?
Será um rosto da mentira
Ou duma triste, verdade
Diz-me, por favor, diz-me
Se para ti eu escrevo
Em forma de poesia
Porque não me soletras
Nem sequer, um bom dia
Diz-me, Anjo que me consome
Alma que me agonia
Homem que me enlouquece
Apresta-te a dizer-me
Qual o erro da minha inocência
Ou simplesmente, demência
Que eu teimo para ti gritar
Porque não me posso defender
Já que sou ré
E, sou julgada, sem sequer ser consultada
Nem ouvida nem achada
E, por fim, compreender
Diz-me...
" A OUTRA VERSÃO DA HISTÓRIA "
Não!
Calem-se vozes loucas do universo
Nada de mal aconteceu
São gritos neste meu verso
E o caminhante, anunciava-me tristes notícias
Coisas graves
Histórias fatais
Em que por vezes, as pessoas refugiam a sua dôr no silêncio
Há que respeitar esse mesmo silêncio
Como posso eu, dizei-me
Abandonar um amigo?
Como posso eu ignorar a sua ausência
Como posso eu não me preocupar
Com alguém muito querido
Como posso eu?
Eu que sempre afirmei, que:
- Quando digo que sou amiga
Sou-o de verdade e eternamente.
Respeito sempre todo o ser
E amo toda a gente
Mas, há aqueles, que nos entram, no mais profundo de nós
E, então, fechamos as portas, para nunca ouvir
Dizer, adeus
Mas, por vezes o adeus surge
Sem sequer dizer, adeus
Como posso esquecer?
Como posso lembrar...
Se, nunca te esqueço?
Dizem que o coração não doi
Mas, sangra de dôr!

AUTORA: LOURDES S.

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente poema, vibrante de causas adjacentes ás emoções humanas, direi que são sentidos de sete, ele; POEMA SE AFOGA NO GRITO DA DOR E DA CONSCIÊNCIA.
De humildade é calma, prudente, silenciosa. Irmã gémea do equilibrio e do bom senso.
O poema é digno de ser editado e estar em alguns escaparates de uma casa qualquer.

MMC

LOURDES SALVADOR disse...

A lágrima cai
Uma furtiva lágrima!
LS.