17 de nov. de 2010

" SENSUALIDADE AO RUBRO "

Apetece-me, fazer de ti, um poema
E, nele tocar...
Uma Sonata de Amor
Olho para teus olhos
Mas...
Não estás aqui
Nem sequer, sei quem és
Ou será que sei?
Mas, se estivesse a teu lado
Sim, mas contigo, aqui a meu lado, estaria bem melhor
Quem sabe, se estarias melhor
Já começo com os meus devaneios
Passar os meus dedos nos teus cabelos
Sentir o teu rosto, encostadinho no meu
Morder suavemente os teus lábios
Já viste se eu passava a gostar, dos teus afectos?
Depois, desvanecias-te, como uma nuvem
E, possivelmente, nem adeus, me dizias
Mas, hoje, até que sinto falta, de uma companhia
Sinto falta, do calor de mulher, do cheiro do tacto, do carinho,
De, tudo
Acredito, bem sei o que isso é
Às vezes faz falta
Rir
Cantar
Amar
Partilhar
Enfim, tudo isso
Mas, queria/quero, mimos, hoje
Hoje, acho que ia por aí fora
Já estou, a imaginar-te, como estarias, vestida, qual a cor
De preto...
Gosto do vestido preto
Mas, a minha imaginação, anda sempre à frente
Ainda, está pior, que os meus pensamentos
Íamos no vestido...
Cabelos ao vento
Umas mordidelas, mas, suaves
Na orelha
Não passava disso!?
Nos pés
Mais...
Nos ombros
No pescoço
Lurdes meu amor
Simplesmente Lourdes
Simplesmente, linda, de vestido preto
Hoje, estou abusador
Eu, só escrevo, o que quero
Então não escrevas que...
Gostava de beijar os teus ombros
Descer suave
E, beijar
Imagina
Os teus braços, por baixo deles
Sei lá... Tudo mesmo
Espero, que não tenhas, escrito
A imaginação, continua, a falar com o sonho
Senti teu beijo...E, minha pele, ficou de galinha
Tal foi a suavidade
E, ternura do mesmo
Olhas-me
Teu olhar penetrante
Provoca-me os sentidos
Não desmaies
Já sei, o meu perfume é bom
Queria sentir, o teu perfume, natural
E, naturalmente, sentir o teu cheiro, o sabor da tua pele
O cheiro da pele feito incenso
O cheiro do desejo do querer
Do amar do sentir
Encostas-te a mim
Quero, beijar os teus lábios, macios, delicados
Descer suave, beijar o teu pescoço
Sinto tua respiração, ofegante
Vá calma...Para, grito, baixinho
Mas, tu...
Teimosamente, não paras
Puxas-me, contra ti, como se jamais
Me quisesses, largar
Deixa que eu me ajoelhe, à tua frente
Ajoelho-me à tua frente, encosto a minha cabeça, no teu colo
E, eu, faço-te mimos
Sinto a tua mão, na minha nuca, que, me empurra, contra ti
Estás de vestido, e, suavemente, sentes as minhas mãos
Sentes, como a minha, boca, a minha língua,
Percorre as tuas pernas, suavemente, até aos teus joelhos
Pedes para eu parar, mas, eu não consigo,
Porque, sinto, que as tuas mãos, me empurram, contra ti,
Contra o teu corpo
Então, eu paro, nos teus joelhos
E, beijo-os, suave...Pelo interior deles
PARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Deixa que suba só mais um pouco
Sentir o quanto são suaves, o interior das tuas pernas
Deixa que suba mais um pouquinho
Deixa que vislumbre, um pouco mais de ti... Do teu corpo
Da suavidade das tuas pernas
Quero subir, pelo interior delas
Sentir na minha boca o teu calor
Percorro, demoradamente, com a minha língua, o teu corpo
A esta hora, o vestido já desapareceu
E, eu, arranco-te a camisa
Esqueço-me dos botões...Foram-se
Quase, ainda, o sinto (vestido), por cima da minha cabeça
Quero subir mais um pouco. Diz-me que sim, que posso
Diz!
Silencio-me, mas...E,
De um salto, debruço-me, sobre ti
Deixa-me ser louco, dizes tu
Desenho teu rosto, com meus dedos
Toco-te ao de leve as orelhas
E, sussurro-te baixinho
Quero-te!
Olho teu peito...
E, dos teus pelos, faço uma manta de sedução
Enrosco-me em ti
E vou descendo
Acaricio-te os mamilos
Beijo, mordo, devagar
E, a minha língua, desliza na tua pele
E, vou descendo
Viro-te de costas
E, toco piano nas mesmas
Sinto-te arrepiar
E, mais ainda
Quando, a minha língua desliza, lentamente, até aos teus pés
Tentas virar-te de frente
Não quero, mas, tu és mais forte
Olhas-me profundamente
Nossos olhares encontram-se
Brilham...Faíscam
Como o brilho que eu sinto, ao me tocares
Aproximo, minha boca da tua
Mas, retrocedo
Ardes...
E, nesse fogo
Minha boca encontra a tua
As línguas procuram-se, como se quisessem, descobrir
Os segredos uma da outra
Salivas trocadas
Bocas unidas
Beijos dados no fulgor do momento
E, os sentidos unem-se, todos, numa melodia
Aproximas-te demasiado de mim
Perigosamente, perto
Tocas-me o sexo
E, eu vibro
Quero beijá-lo
Eu, respondo ao mesmo toque
Tento impedir-te
Deixa, sente a minha língua, percorrendo, bem por cima
Gemo baixinho
Quero que sintas, o calor da minha boca, por cima da tua cueca
Meus mamilos, erectos, chamam por ti
Sentes a minha língua, procurando, por ela
Suave... Desço-tas... Tiro-tas
E, tenho o teu sabor, do desejo, na minha boca
Incessante, percorro ela
De cima para baixo, com a minha língua...
Abrindo, suave, os teus lábios
Abarco teu sexo em minha boca, e,
Num frenesim, de movimentos...
Sinto-te gemer
Sinto o sabor do teu desejo na minha boca
Estamos no êxtase de uma loucura
Abres as pernas para mim
Minha boca, suga o teu desejo
Um vulcão quase em erupção
Quero sentir... Sugar o teu clítoris, e, suave, percorrer tudo
Até... Atrás te quero beijar, sentir
E, eu...
Quero dar-me, dar-te
Toda a plenitude, do meu ser
Do meu sentir
Voluptuosamente
Tocar em todo o teu ser
A minha Sublime Sonata de Amor
Trocamos afectos numa doçura
Inigualável, ternura
Loucura, erotismo, sensualidade
Desejo, tesão, vontades
Sim...
Vontade de amar e ser amada
Beija-me, carinhosamente, e,
Não me deixes acordar deste sonho
Afinal, estou viva!
E, a caneta, teimou em deslizar
Nesta folha branca
Nossos momentos
Imaginários é certo
Sonhados...
Mas, que, eternamente, serão
Os meus, os teus...
Os nossos momentos.
Quem sabe, até os teus
Que, me estás a ler
Mas, não tens coragem de admitir.

AUTORA: SERAPIÃ

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